Marcelo José levantou a interessante e sempre atual questão… 
Medicina: Sacerdócio X Ganância…
Achei oportuno, antes de tecer considerações, buscar no dicionário:
Medicina        
Ciência de debelar ou atenuar as doenças.       
Profissão       
Ofício; emprego; ocupação; mister.       
Sacerdócio       
Conjunto das funções e dignidade do ministro de um culto qualquer. / Carreira eclesiástica.       
Fig. O que tem um caráter venerável e quase como sagrado; mister nobre, missão elevada.       
Ganância       
Avidez de ganho, de lucro.
Pelo que me consta faz-se alusão a duas profissões como sacerdócio, medicina e magistério, e deslizes nesses misteres são pouquíssimo tolerados mas, a bem da verdade, enquanto profissões são como todas as outras, meio de subsistência para quem as pratica; como professores são usualmente mal remunerados vamos deixá-los fora de nossas considerações, mesmo porque a questão levantada diz respeito ao exercício da medicina.  
Atendo-nos a ela; que malgrado condições de trabalho às vezes aviltantes, usualmente garante a sobrevivência do praticante; freqüentemente nos deparamos com situações em que o médico é taxado de ganancioso, isso não difere do encontrado nas outras profissões, talvez mais grave na medicina por lidarmos diretamente com a vida, mas o modo como os indivíduos exercem seus ofícios ultrapassa a questão da formação profissional e desemboca na formação ética.     
Ética       
Parte da Filosofia que estuda os fundamentos da moral. / Conjunto de regras de conduta.       
Quem vive com ética trabalha com ética, a qual pode até ser estudada em faculdades, mas dificilmente será apreendida por estudantes cujo caráter já estará moldado.      
Erich Fromm discorrendo sobre caráter do homem fala de escassez e de abundância; segundo ele o individuo que não tem o essencial garantido age sob a influencia da falta e suas ações seriam dirigidas para a conquista desse essencial, já aquele que não tem que se preocupar com o essencial estaria sob a influência da abundância e suas ações seriam direcionadas para o criativo e para o eticamente saudável, e nesse panorama não caberia ganância.       
- Mas onde estaria o divisor de águas entre conceitos/sentimentos de escassez e abundância?            
-    Baseado em quê o individuo consideraria alcançado o que lhe é essencial?             
-    Qual e onde estaria o impulso/desejo/consciência que o individuo teria que acessar para redirecionar suas ações em busca da realização ética e criativa ?           
A mim parece óbvio... E a vocês? Retornarei a esse assunto no próximo final de semana.
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