02/10/2011

Relacionamentos.

Um amigo me envia, regularmente, e-mails intitulados ‘minha reflexão da semana’; acabo de receber uma dessas reflexões:

“Buscar um relacionamento quando se está num alto nível de carência é como ir ao supermercado com fome… qualquer coisa serve!”

Coincidentemente, se é que coincidências existem, essa semana, uma jovem paciente disse ter um namorado e que o relacionamento é antigo, quase sete meses,  um carinha que, segundo ela, “até que é gente boa” e prosseguiu: “Sabe como é né doutor? Minhas amigas só tem ficantes, eu sou a única que tem namorado… Não tem muita química mas vou levando… Ficar sozinha é sinistro!”

Li, não me lembro onde, com referência à história “A princesa e o sapo”, que muitas mulheres beijam sapos esperando que eles virem príncipes, e ouvi, de outra paciente, esta mais velha e desiludida, que: “Atrás de todo príncipe tem um sapo”

Penso que homens e mulheres se ‘iludem’ de formas diferentes: As moças, que namoram rapazes ‘que até são gente boa’, acreditam que por amor a elas eles mudarão e se tornarão príncipes… Serão educados e atenciosos, arranjarão trabalho, irão parar de beber ou de consumir drogas e por aí afora; vai depender das características indesejáveis que eles apresentarem de acordo com a ótica delas.

Já os rapazes, alimentam a esperança de que elas, que são princesas, jamais mudarão… Elas os aceitam como são e serão sempre cordatas, cheirosas, apaixonadas, ‘gostosas’ e por aí afora; vai depender das características que eles julgarem desejáveis e enxergarem nelas…

Por acaso é preciso ser sábio para saber que ‘esse negócio não vai dar certo’?

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