Recebi a incumbência
de escrever sobre o que representa, para mim, a Homeopatia; refreei meu impulso
inicial de lançar mão de explicações teóricas que definiriam esta especialidade
médica e recorro à filosofia para cumprir a tarefa.
Hahnemann
escreveu no Organon - Livro mestre de sua admirável obra - que o Homem em
equilíbrio pode alcançar "os altos fins da existência", e que
a Homeopatia pode colaborar nesse processo.
Mas
quais são os altos fins da existência? Hahnemann não os especificou.
Imagino
que cada pessoa, dependendo de suas crenças pode, assim como eu, ter uma
resposta particular para esta pergunta.
Acredito, evolucionista que sou, que o Homem tem três objetivos/obrigações que, cumpridos, o fariam atingir aqueles altos fins:
- Permanecer vivo. ( O óbvio ululante, como diria Nelson Rodrigues).
- Colaborar com a sobrevivência da espécie.
- Colaborar com a evolução da espécie.
Discorrer
sobre cada um destes propósitos daria, no mínimo, uma postagem, mas vou ficar
com o fato de que o exercício da Medicina, mormente da Homeopática, pode ser,
para o praticante, caminho para atingir referidos objetivos, desde que a empatia
seja bússola neste caminhar. E nossos pacientes, cada um à sua maneira, podem
trilhar caminho semelhante desde que a empatia também seja companheira na jornada,
já que, parafraseando Paul Bloom - Somos todos capazes de ver e
de perceber o que os outros sentem, mas parece que nos condicionamos a ficar
impassíveis.
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